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segunda-feira, 27 de maio de 2013

Política: mude de opinião


Se você costuma dizer que não gosta de discutir política, saiba que está contribuindo para que as barbaridades continuem. O brasileiro costuma se referir à política como se isto  fosse um assunto que diz respeito só aos políticos. Nem sabe em quem votou da última vez para vereador, deputado, senador e até mesmo para governador e presidente. Só lembra que existe política de dois em dois anos. Geralmente acha que o poder está na mão do Executivo de forma absoluta. O poder emana do povo mas parece que o povo não tem consciência disso. Que a eleição dos representantes do Legislativo é algo para cumprir um protocolo ou ritual. Talvez isso seja um resquício da monarquia ou ditadura militar. O brasileiro precisa acompanhar melhor a atuação dos políticos que ele ajudou a eleger, principalmente no que diz respeito ao Legislativo, pois é aí que o destino do país é desenhado. A corrupção precisa ser combatida por todos, com seriedade, para que os governantes entendam que cabe a eles dá o bom exemplo pensando no bem comum, e a nós o direito de nos revoltarmos e, se possível, retirá-lo do poder, caso haja necessidade. Para que o país se torne uma grande nação é necessário que todos, governo e povo se deem ao respeito, cumprindo com seu dever de cidadão.

quarta-feira, 15 de maio de 2013

DESPERSONALIZAÇÃO: desordem neuropsiquiátrica ainda pouco conhecida

foto de Toni Frissell
Resumo do artigo extraído da Revista Ciência Hoje vol.51,maio de 2013.


O transtorno de personalização é classificado como um transtorno neurótico e somatoforme, ou seja, que pode comprometer a sensação do eu físico e psíquico de uma pessoa. Indivíduos que sofrem desse mal sentem que não estão inseridos no mesmo contexto que as outras pessoas, como se estivesse num sonho ou vendo o mundo através de uma tela.
O médico João Ricardo Mendes de Oliveira, do Departamento de Neuropsiquiatria da USPE, acredita que, embora não se saiba muito sobre a despersonalização, talvez trate-se de uma espécie de mecanismo de defesa, pois costuma aparecer em pacientes com transtorno grave de ansiedade " seria uma maneira da mente se preservar da tensão". Diz ele, ainda, que cerca de 10% da população pode ter um episódio de transtorno neurótico, como a despersonalização, durante a vida, sem que necessariamente se torne um problema crônico- é possível melhorar do transtorno com combinação de medicamentos - por exemplo, os ansiolíticos- e psicoterapia, pois sem a terapia o problema pode retornar, mesmo que a droga reverta os sintomas. Uma das dificuldades daqueles que sofrem do transtorno de despersonalização é poder expressar seus sentimentos de modo que outras pessoas, especialmente seus familiares, possam entender o que estão passando. "Alguns acham que estão enlouquecendo" observa o médico.
A foto acima, uma mulher flutuando com todo seu corpo dentro d' água, exceto pelo seu rosto, tirada em 1947 pela fotógrafa norte-americana-Toni Frissell ,(1907-1998)*, ajudou a paciente a transmitir como ela se sentia. "Ao ver a imagem, minha paciente, que também sofre de transtorno obsessivo compulsivo, finalmente descobriu uma forma de explicar o que se passava com ela; quando o paciente é capaz de explicar o que está acontecendo com ele, a tensão diminui e ele percebe que os outros o entendem e que ele não é o único a passar por isso"   afirma o médico, que viu no episódio um grande benefício terapêutico.

* Toni Frissel é conhecida por seu trabalho com moda e esportes, bem como por sua cobertura da Segunda Guerra Mundial. No pós-guerra Frissell se dedicou também a fotos de mulheres que expressavam a condição humana.

quarta-feira, 1 de maio de 2013

COTAS: por que a surpresa?

A imprensa noticiou nesta semana, com destaque em manchete, o menor desempenho dos cotistas em relação aos demais estudantes não cotistas, como se isso fosse um acontecimento inesperado. Inesperado seria se fosse o contrário. Se eles estão incluídos nos programas de beneficiamentos é justamente porque, acredita-se,  não têm condições de disputar o vestibular com os estudantes egressos de escolas particulares, que, na sua maioria, são os que desfrutam de melhor classificação no funil seletor do vestibular tradicional. Esse desempenho pífio só veio confirmar que o problema é de base. Não é ingressando na faculdade que o problema estará resolvido. Queimar etapas em se tratando de educação é irresponsabilidade tão grave quanto comprar um atestado falso de conclusão de curso. Apesar da boa intenção, o critério racial de cotas não atinge seus objetivos, visto que, em se tratando de Brasil, é muito difícil saber quem se considera negro, branco ou mestiço seja oriundos de escolas públicas ou não. Aqui não é os Estados Unidos, de onde se importou a ideia, infelizmente distorcida. Nunca se ouviu falar que alguém tenha sido impedido de entrar na universidade brasileira por ser negro.Talvez, em elevadores sociais de prédios de luxo, atitudes que, hoje em dia,  tal proibição, sem cabimento, já não se vê. Vencer bem as etapas básicas de educação fundamental é a única forma de ascender socialmente com dignidade, seja através de um diploma de nível superior ou de técnico de nível médio, que o mundo moderno exige. Melhor que julgar quem é negro ou branco, pobre ou rico, é encontrar uma forma de investir melhor em educação com os recursos oriundos dos impostos que pagamos e que são muitas vezes desviados ilicitamente. Não se investe melhor em educação com ações populistas governamentais e sim com acompanhamento, da escolha de ministros a gestão das unidades escolares, passando pela melhoria de qualificação e salários de professores. 

Mulheres que atravessaram o século

Fazendo parte desta Coletânea  Por detrás de uma grande conquista existe uma grande história. Ao me deparar com uma foto da minha primeira C...