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terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

O Excesso da Busca


Se existe um setor em que a tecnologia avançou mais rapidamente foi a da informação e comunicação. Mais do que a tecnologia da Ciência e da Medicina, por exemplo. A informação chega muitas vezes antes do acontecimento, através das previsões. E quais as consequências da informação  e comunicação nos dias de hoje? Sabemos que ela transforma o comportamento e os valores de uma sociedade e por isto traz desafios a serem enfrentados. Não quero me referir apenas à ética e a moral, mas a sua influência no todo mundial, ou seja, às mudanças introduzidas no padrão de relação entre os indivíduos de uma sociedade. Será que existe uma preocupação de como esta informação está sendo difundida, recebida e manipulada? Vemos que a cada dia mais e mais informação é produzida e perguntamos: a quem realmente essas informações  interessa? A princípio creio que ao capitalismo. Mas apenas em regiões em que o mercado é valioso. Será que as populações desprovidas de valor capital, como alguns territórios e áreas urbanas ao redor do mundo, estão incluídas? ou elas não interessam ao capitalismo global? A tecnologia da informação e comunicação aumentou ou diminuiu a exclusão social?

Com o avanço dos meios de comunicação através das redes sociais, de celulares, smartphones, iped,  iphone, instagran e agora what's app, que facilitam uma comunicação mais rápida, é impossível ficar desligado do mundo. Nunca tivemos tanta informação, e, em contra partida, nunca nos aprofundamos tão pouco a respeito de um determinado assunto. A pressa de informar e saber mais o que está acontecendo acaba por nos dar uma ideia superficial do assunto. Está cada vez mais difícil também a introspeção. A chamada "Busca do Eu" não cabe mais nos dias de hoje em que todos estão voltados para os seus celulares mandando e recebendo mensagem por onde quer que andem. Hoje o que vemos é a "Busca" simplesmente. As estatísticas estão mostrando que o número de acidentes por atropelamento está cada vez maior porque o pedestre atravessa as ruas falando ao celular e enviando mensagem.
 A tecnologia na sua origem é, geralmente, bem intencionada, valiosa e bem vinda, mas ela vai se afastando do seu inicio e tomando rumos incontroláveis, tornando  difícil ou quase impossível prever o futuro, já que a nova geração nasceu lidando com o teclado. Neste momento, em que estou escrevendo este artigo, minha neta de seis anos, lendo curiosa um pedaço do texto, me disse: "minha avó está faltando o Ipod da Apple nessa lista e no meu aniversário eu quero um Iphone cinco. Encerrei o assunto.

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Transhumanismo

Foto Google
Publicado em 17/9/2013

Melhoramento físico e cognitivo dos humanos por meio de novas tecnologias.
É o movimento que defende que a forma atual do ser humano não representa o fim do nosso desenvolvimento, mas sim uma fase relativamente precoce. Ou seja, assim como usamos métodos racionais para melhorar as condições sociais e o mundo externo, também podemos utilizar novas tecnologias para o melhoramento físico e cognitivo dos humanos, sem necessariamente estarmos limitados a meios tradicionais como educação e desenvolvimento cultural.
Os bioconservadores, que se opõem aos transumanistas, acham que isto é uma nova versão da eugenia, movimento da primeira metade do século 20, que procurava a melhora da espécie humana pela promoção da criação de indivíduos considerados ‘aptos’, dificultando a de pessoas não dotadas de qualidades ‘positivas’, como portadores de deficiências físicas e mentais, homossexuais, certas etnias, entre outros, cujos métodos da prevenção incluíam esterilização compulsória, abortos forçados, segregação racial, eutanásia e extermínio em massa (com genocídio de milhões de judeus e ciganos na Alemanha nazista).
Porém, os transumanistas negam essa aproximação com a eugenia. Eles afirmam que o transumanismo defende os princípios da autonomia do corpo e da liberdade procriativa e ninguém deve ser forçado a usar qualquer tipo de tecnologia. Diagnósticos genéticos pré implantação (PGD em inglês) é uma técnica que permite selecionar embriões que não tenham genes relacionados a doenças, como, por exemplo, a fibrose cística. Esta é uma aplicação justificada, pois aumentaria a probabilidade de uma criança ter uma vida saudável e feliz. O filósofo australiano Julian Savulescu, diretor dos centros de Ética Prática e de Neuroética da Universidade de Oxford, denomina isso de ‘beneficência procriativa’. Embora a decisão deva ser dos pais, seria incorreto não tomar precauções razoáveis para garantir que a futura criança tenha uma melhor vida possível, assim como seria errado não obter o melhor tratamento para um filho doente. Mas, existem casos em que o próprio filósofo Savulescu se contradiz, como a questão das norte-americanas Sarah Duchesneau e Candy McCullogh. Surdas, em 2002 usaram o esperma de um amigo com surdez hereditária para ter um filho surdo. O filósofo australiano não vê problemas éticos na decisão: “A beneficência procriativa é um princípio moral que nos diz o que devemos fazer. Mas a autonomia procriativa é um princípio legal – devemos nos reproduzir da maneira que desejarmos, desde que não causemos danos a outros”. Embora considere a surdez como uma deficiência, Savulescu acha que sua opinião não deve ser imposta a outros. Não se pode permitir que pais surdos destruam a audição de seus filhos para torná-los surdos também. Portanto, o problema é complexo. 
Outros problemas que os opositores alegam é o aumento da desigualdade social e polarização na sociedade. Mas, para o cientista da computação Fábio Gandour, chefe de pesquisa da IBM Brasil, "isso não é tão assustador quanto parece. Seremos mais competitivos no futuro, é certo, assim como é hoje ter um tablet mais novo,  e será assim com os implantes". Mas por enquanto o objetivo é a terapia: permitir que as pessoas com deficiências ou doenças degenerativas possam ter uma vida similar a de pessoas sem esses problemas.
Para o físico Luís Alberto Oliveira, do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF) essas mudanças suscitarão a discussão do que se entende por normalidade: "Num horizonte mais distante nos questionaríamos sobre  qual é o limite entre o natural e o artificial". Os desafios éticos dirão se o futuro será bom ou mau.                                                                                       

Resumo do artigo  de Fred Furtado "O Futuro Transumano"', da Rvista Ciência Hoje, número 307, RJ  - Para ler mais http://humanityplus.org/philosophy/transhumanist-faq/

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Consumir desnecessariamente é consumir-se.



Foto Google
Não que eu queira dá conselhos tipo “não comprem, não comprem”, como dizia o ex-ministro da fazenda Rubens Ricupero no começo da implantação do plano real  em 1994, mas o consumismo do brasileiro, sem lastro para sustentar as dívidas e sem produção industrial  para repor o que está em falta no mercado, é no mínimo, irresponsabilidade.
Foto Google
É até ridículo ver pessoas madrugando e
se digladiando em filas para aproveitar liquidações de começo de ano, comprando coisas que não precisam e que até nem comprariam em situação normal mesmo que o preço fosse o mesmo ou menor. Mas, é liquidação, vamos comprar.
Os entendidos (?) em economia dizem que a inadimplência não aumentou e que os brasileiros estão conseguindo pagar suas dívidas em cartão de crédito dividido sabe-se lá em quantas vezes, a juros exorbitantes. Em detrimento de quê não se sabe.
Conhecido como turistas que mais compram no exterior, os brasileiros voltam das viagens com as malas cheias de bugigangas e peças de grife que aqui no Brasil, devido a impostos, custam dez vezes mais.  Os bens de consumo  encabeçam a lista de prioridades e os de primeira necessidade ficam para depois. E aí? Bem, vão reclamar da lista de material escolar pedido nas escolas de seu filho, do plano de saúde que deixaram de pagar, (se é que têm) do condomínio que está caro, da mensalidade escolar, do IPVA do carro, que comprou a prestação, etc., etc. e, cedo ou tarde, acabam com o nome sujo no SPC-Serasa.

Nunca se consumiu tanto neste país, consequência de propaganda enganosa de ascensão da classe C. Ascensão de quê, se continuam sem educação e saúde de qualidade? Se lotar as lojas e ruas comerciais é ascensão, com certeza a queda é iminente.
Mas, se conselho serve para alguma coisa, sugiro que não se deixem influenciar pela mídia do modismo, do culto ao corpo, da imitação, do comprar por comprar, porque isto só leva à ansiedade que é um atalho para a frustração e depressão. Vai uma dica: Se você não tem certeza se vai ou não gostar do que está comprando fique com a peça um bom tempo na mão antes de ir para o caixa e quando for pegue a fila maior que tiver.

sábado, 1 de fevereiro de 2014

O assunto do momento

Quem gosta de escrever está sempre a postos para colocar algo no papel (ou no computador) Seja uma história, uma poesia, uma crítica, uma informação, uma pesquisa etc., independentemente se alguém vai ler ou não. Às vezes ficamos sem assunto, imaginando o que seria mais interessante comentar, se sobre política,  música, acontecimentos do cotidiano, novidades da ciência, ou até mesmo polêmicas do momento. É o caso de hoje. De repente todo mundo esqueceu dos problemas brasileiros e só se fala no beijo gay na televisão. Que ótimo para os que gostam de abafar as mazelas  dos nossos representantes políticos com outros factóides mais atrativos. Está provado que o povo gosta mesmo é de novela, com ou sem beijo gay, e se tem melhor ainda. Já estava passando da hora de dois gays se beijarem na televisão, talvez isto já tenha acontecido em outras emissoras, mas a Globo, que é a reacionária, resolveu mostrar para ganhar a audiência perdida. E todos ficaram em êxtase. Não só os a favor como os contra. Aliás, nem  sei quem realmente é contra ou a favor porque em matéria de preconceito não podemos afirmar nada. Há os que querem fazer média na mídia com comentários politicamente correto. Há também os do contra só pra dizer que é diferente. Sim, diferente, porque hoje em dia não tem mais cabimento o preconceito sexual.. Assim como levantar bandeiras e passeatas está se tornando demodé. Estamos no século XXI. De qualquer forma temos que louvar a iniciativa novelesca, porque ajuda a inibir as reações homofóbicas.

Conheça a história de Alan Turing, um gênio injustiçado da matemática

PUBLICADO POR Redação Warren Alan Turning Se hoje temos acesso a computadores e às inovações da inteligência artificial, um dos grandes resp...